A criança muito pequena aprende conceitos, forma idéias, e cria seus próprios
símbolos ou abstrações por meio de atividades iniciadas pela própria criança: move-se,
ouve, busca, sente, manipula. Tais atividades, que ocorrem dentro de um contexto social
no qual um adulto alerta e sensível é um observador-participante, torna possível para
a criança ser envolvida em experiências intrinsecamente interessantes que podem
produzir conclusões contraditórias e uma conseqüente reorganização de sua
compreensão de mundo.
Experiências nas quais as crianças produzem algum efeito no mundo, em oposição a
atividades passivas, são fundamentais para o desenvolvimento de processos de pensamento.
Isso se dá porque o pensamento lógico da criança é decorrência do esforço para interpretar
as informações obtidas por meio dessas experiências. Interpretação de novas informações
modifica as estruturas interpretativas existentes na criança à medida que ela se empenha na
busca de um modelo mais lógico e coerente da realidade.
Logo, se um programa educacional pretende incentivar a criança a avançar em
habilidades e competências para solução de problemas, por exemplo, ele deve prover muitas
oportunidades para a criança trabalhar em problemas de seu interesse, isto é, problemas
que surgem de suas próprias tentativas de compreender o mundo. O professor passa a ser
então um observador atento aos interesses da criança para fomentar tais situações-problema
ou estimular seu interesse para situações típicas de seu momento de desenvolvimento que
venham a despertar nela esse interesse.
Estimular o interesse pelo aprendizado, este é o ponto que considero mais importante na educação de crianças, jovens e adultos, e o maior desafio.
ResponderExcluirCom certeza Wilson a educação se baseia no princípio teórico de que a aprendizagem ativa é
ResponderExcluirfundamental para o desenvolvimento pleno do potencial humano e que essa aprendizagem
ocorre mais efetivamente em ambientes que provêem oportunidades de aprendizagem
apropriadas ao desenvolvimento.